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Beneficiário do Bolsa Atleta, Fernando Rufino é ouro na paracanoagem na Paralimpíada de Paris-2024

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O atleta sul-mato-grossense Fernando Rufino, de 39 anos, brilhou mais uma vez nos Jogos Paralímpicos e conquistou a medalha de ouro na paracanoagem, na prova de 200 metros da classe VL2 (canoa, em que se usa tronco e braços na remada), neste domingo (8), em Paris, na França. O “Cowboy de Aço”, como é conhecido, completou o percurso em 50s47, estabelecendo o novo recorde dos Jogos e garantindo o bicampeonato paralímpico, após sua vitória em Tóquio-2020.

Além da conquista pessoal, Rufino, que é bolsista do programa Bolsa Atleta, gerido pelo Governo de Mato Grosso do Sul por meio da Fundesporte e Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura), também fez parte de uma histórica dobradinha brasileira. A prata foi para Igor Tofalini, paranaense de 41 anos, com o tempo de 51s78, superando o estadunidense Blake Haxton, que completou a prova em 52s81.

Essa foi a primeira vez que dois brasileiros dominaram o pódio na paracanoagem masculina nos Jogos Paralímpicos. Com essa vitória, o Brasil encerrou sua participação em Paris-2024 com um total de 89 medalhas, batendo recordes e garantindo um lugar no top 5 do quadro de medalhas. O ouro de Rufino também foi a 25ª medalha dourada do país, outro marco histórico para o esporte paralímpico brasileiro.

Mais uma vez, Rufino entra para história da paracanoagem brasileira

Parceria vitoriosa

A parceria entre Rufino e Tofalini já é de longa data. Os dois atletas vêm se destacando nas competições internacionais desde Tóquio-2020, e nos últimos três Campeonatos Mundiais de Canoagem, sempre revezaram posições no pódio. No Mundial de Halifax, em 2022, Tofalini conquistou o ouro e Rufino a prata, enquanto em Duisburg 2023 e Szeged 2024, o sul-mato-grossense ficou com o título e o paranaense com o segundo lugar.

Antes de iniciarem suas carreiras na paracanoagem, Fernando Rufino e Igor Tofalini foram peões de rodeio. As trajetórias dos dois mudaram radicalmente após acidentes. Rufino sofreu um atropelamento que resultou na perda parcial dos movimentos das pernas, enquanto Tofalini ficou paraplégico após ser pisoteado por um touro. A canoagem transformou suas vidas e os levou ao mais alto nível do esporte mundial.

Estilo “Wolverine” virou marca registrada da dupla brasileira em Paris (Foto: Camila Nakazato/Olimpíada Todo Dia)

A história de superação de Fernando Rufino ganhará ainda mais destaque na cerimônia de encerramento das Paralimpíadas de Paris-2024. O sul-mato-grossense será o porta-bandeira da delegação brasileira, ao lado da nadadora Carol Santiago. A solenidade está marcada para este domingo, às 14h30 (horário de MS), no Stade de France.

Lucas Castro, Comunicação Setesc
Fotos de destaque: Marcello Zambrana/CPB

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