Saúde

câncer de próstata não forem adotadas, poderá haver o dobro de casos e mortes anuais pela doença em 2040. É o que aponta levantamento feito pelo Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) na base Cancer Tomorrow da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde.

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A ferramenta, que prevê a incidência futura do câncer e a carga de mortalidade mundial e em cada país do planeta a partir das estimativas de 2020 até 2040, aponta que o número de casos anuais de câncer de próstata no mundo saltará de 1,41 milhão para 2,43 milhões em 2040 (aumento de 75%), enquanto a mortalidade irá de 375 mil para 740 mil no período (aumento de 97%). No Brasil, o aumento entre as duas décadas é ainda mais acentuado que a média mundial: acréscimo de 83% nos casos anuais e de 122% na mortalidade anual.

SÓ UM TOQUE, MAN – Os números acendem o alerta para a intensificação das ações alusivas ao Novembro Azul, mês de conscientização mundial sobre câncer de próstata. Com esse foco, o IUCR cria em 2023 a campanha SÓ UM TOQUE, MAN, com mensagem-chave que faz analogia à disseminação de dicas de cuidados com a saúde, assim como lembra sobre a importância do exame de toque (associado ao exame de PSA), que é um tabu na população masculina.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que os homens a partir de 50 anos procurem um profissional especializado, para avaliação individualizada. Aqueles da raça negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos. O rastreamento deverá ser realizado após ampla discussão de riscos e potenciais benefícios, em decisão compartilhada com o paciente. Após os 75 anos, poderá ser realizado apenas para aqueles com expectativa de vida acima de 10 anos.

“Os homens são mais resistentes a cuidar da saúde. Infelizmente, é uma questão cultura, na qual muitos não aceitam estar em qualquer condição que eles julguem ser de vulnerabilidade. Isso fecha janelas de oportunidade para prevenção e para um potencial diagnóstico mais precoce. Precisamos dar este toque nos homens”, alerta o urologista e cirurgião oncológico Gustavo Cardoso Guimarães, diretor do Instituto de Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica (IUCR) e coordenador dos departamentos cirúrgicos oncológicos da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

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