Conecte-se conosco

Brasil

Marco Temporal: ‘Produtores e indígenas são vítimas’, diz representante da CNA em debate no STF

Marcelo Bertoni levou, pela primeira vez, a voz dos produtores rurais para a mesa de conciliação

Publicado

em

https://youtu.be/udH89OPKBX0

Uma reparação de uma injustiça histórica. Com esta premissa, o representante da CNA (Confederação Nacional da Agropecuária do Brasil), Marcelo Bertoni, cobrou que se faça justiça e se cumpra reintegração de posse a produtores rurais com terras invadidas por comunidades indígenas, durante o debate do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o Marco Temporal, na última quarta-feira (28).


“Indígenas e produtores são vítimas, e não estamos aqui para defender o que está errado. No meu Estado (Mato Grosso do Sul), onde tivemos a Guerra do Paraguai, muitos territórios eram paraguaios, e os produtores rurais foram colocados lá para cumprir com a soberania nacional, há 150 anos. Não somos invasores, não tomamos essas terras, elas foram compradas e tituladas pela União. Se o erro foi lá atrás, que consertem.”, afirmou Bertoni, que também é presidente da Famasul (Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul) e da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da CNA. 

Para o representante dos produtores rurais na discussão do Supremo sobre o Marco Temporal, é preciso que se faça justiça e que as decisões de reintegração de posse das áreas invadidas, sejam efetivamente cumpridas. 


“Como falo para produtor acreditar na justiça? Se não há reintegração quando se trata de terras indígenas. Estou aqui para representar a dor desses produtores que não tem a reintegração cumprida. Muitos deles precisam começar a plantar nos próximos dias, sob risco de não terem o mínimo para sustentarem suas famílias”, frisou Bertoni.


As demarcações delimitadas e declaradas impactam quase 10 milhões de hectares, em 10,2 mil propriedades em 25 estados brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, onde os conflitos estão mais intensos, são mais de 283 mil hectares e 903 propriedades rurais em 30 cidades.

Continue lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Facebook