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Seca histórica afeta 59% do Brasil e impacta gravemente o Pantanal

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A seca que teve início em 2023 e ainda persiste já é considerada a maior da história do Brasil, atingindo 59% do território nacional, equivalente a 5 milhões de quilômetros quadrados. Segundo uma Nota Técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a situação atual supera episódios anteriores registrados em 2015-2016 e 1997-1998, tornando-se a pior seca desde 1950. Biomas como a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal estão entre os mais afetados.

Pantanal enfrenta impactos severos desde 2019

O Pantanal, uma das regiões mais castigadas, vive secas severas e prolongadas desde 2019, agravadas por eventos climáticos extremos, incluindo três episódios consecutivos de El Niño. De acordo com o Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), 31 dos 45 municípios sul-mato-grossenses analisados em julho de 2024 tiveram chuvas muito abaixo da média histórica.

“O Pantanal tem experimentado uma crescente vulnerabilidade ambiental. Altas temperaturas, precipitação abaixo da média e níveis críticos dos rios criam um ambiente propício para incêndios florestais e agravam os desafios de abastecimento de água, agricultura e pecuária”, destacou o estudo do Cemaden.

Em outubro de 2024, o rio Paraguai registrou o menor nível histórico na estação fluviométrica de Ladário, com -69 centímetros. Em Porto Murtinho, o nível mínimo de 53 centímetros foi registrado pouco depois, em 24 de outubro. O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) emitiu alerta para os riscos ambientais e operacionais decorrentes dessa situação.

Prognósticos indicam risco de incêndios florestais

Apesar de a Primavera, que termina neste mês de dezembro, apresentar previsão de chuvas próximas da média histórica para Mato Grosso do Sul, as temperaturas permanecem acima da média. Segundo o Cemtec/MS, isso reforça o alerta para incêndios florestais, especialmente no Pantanal e no Sudoeste do estado.

A combinação de fatores como escassez hídrica, altas temperaturas e pressão sobre os serviços ecossistêmicos destaca a urgência de medidas de adaptação e mitigação para enfrentar a crise climática e seus impactos no Pantanal.

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