Câmara de Campo Grande
Câmara de Vereadores destaca trabalho da cultura e presidente Carlão vai analisar regimento sobre atitude de Tiago Vargas
A presidência da Câmara Municipal de Campo Grande afirmou que vai reunir a Mesa Diretora e demais vereadores para avaliar o que o Regimento Interno preconiza pela falta de respeito e pela falta de consideração demonstrada por parlamentar em relação às pessoas que trabalham com a cultura.
“Não temos o mesmo pensamento. A Casa de Leis sabe do trabalho das pessoas envolvidas com a cultura, que trabalham bastante e que por isso tem nosso respeito. É um posicionamento isolado, não é da Câmara.
Por isso, repudiamos veementemente tal fala e vamos avaliar qual medida tomar” contra Tiago, afirmou o presidente da Câmara, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão.
O Caso
Durante a sessão desta quinta-feira (14) na Câmara Municipal de Campo Grande, o vereador Tiago Vargas (PSD) mostrou a carteira de trabalho em tom de provocação diante dos representantes da cultura que lotaram o plenário para cobrar repasse ao setor. O parlamentar citou 1,5 mil vagas de emprego na Funsat (Fundação Social do Trabalho). Houve discussão e diante dos “ânimos exaltados” o presidente da Casa de Leis, Carlos Augusto Borges (PSB), vereador Carlão, suspendeu a sessão por cinco minutos.
Apesar de alguns vereadores pedirem intervenção da comissão de ética, Carlão disse que Tiago Vargas tem prerrogativa do cargo dele, mas pelo comportamento vai levar uma advertência.
Dos artistas ele também sentiu a reação. O grupo lembrou que, ironicamente, a irmã do vereador Tiago Vargas está nomeada na Secretaria de Cultura de Campo Grande onde em outubro deste ano recebeu salário R$ 9.945,13.
Durante o desentendimento, uma das mulheres da plateia com pelos nas axilas teria sido alvo de gestos de Tiago Vargas indicando que ela “deveria se depilar”.
A manifestação da classe artística de Campo Grande acabou na delegacia. Artista procurou a polícia para denunciar o vereador Tiago Vargas (PSD) por difamação.
No registro, a vítima relata que foi até a Câmara onde protestava pacificamente. Ela estava com um cartaz que dizia ‘Tiago inelegível’ e o vereador passou a fazer provocações contra a artista.
Ele ainda teria feito gestos para ela, em referência a depilar as axilas. Isso, porque com os braços para cima segurando o cartaz, a vítima estaria com pelos aparentes.
O vereador chegou a compartilhar uma foto da vítima no Instagram. Depois disso, ela passou a receber várias ameaças e alega que não autorizou o uso da imagem.