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Gráfica alvo da PF recebeu R$ 7,5 milhões para obras e até limpeza de cemitério em Corumbá

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Prefeitura custeou despesas com a empresa usando recursos federais de contribuição por exploração mineral

A gráfica Solux recebeu, entre 2017 e este ano, R$ 7,5 milhões em contratos com a prefeitura de Corumbá, segundo portal da Transparência do município. O Jornal Midiamax confirmou que a empresa foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão cumpridos na manhã de hoje (6), em Campo Grande, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Offset.

A Solux Locações e Serviços Ltda – EPP hoje atende, oficialmente, pelo nome de D. de Oliveira Locações e Serviços Eireli. A Polícia Federal suspeita de desvio de recursos públicos por meio dos contratos da empresa com a cidade pantaneira.

Embora a fachada da empresa na Rua Brilhante indique especialidade em “impressão digital e offset” – daí o nome da operação -, a Solux prestava serviços bastante distintos à prefeitura de Corumbá.

Em 2017, a gráfica venceu três licitações na cidade. Uma delas, para execução de obras, manutenção e recuperação de galerias, restauração de calçadas e recuperação de asfalto.

Outra, para fazer podas, cortes e retiradas de tocos nas árvores no perímetro urbano de Corumbá.

Além disso, faturou contrato para executar serviços de limpeza, capina, roçada e caiação de meio-fio nos cemitérios Nelson Chamma e Santa Cruz, bem como em rodovias e parques municipais.

A reportagem tentou contato com Danielle de Oliveira, sócia-proprietária da gráfica alvo da Polícia Federal. Ao saber a origem da ligação, quem atendeu o telefone disse que ela não se encontrava no local.

Uso de recursos federais

Polícia Federal entra no caso em função da origem dos recursos usados pela prefeitura para pagar a empresa. Entre 2018 e 2020, R$ 2,2 milhões em recursos da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) foram direcionados à Solux.

A CFEM é uma contrapartida paga por mineradoras à União, estados e municípios pela exploração dos recursos minerais em seus respectivos territórios. A contribuição é recolhida pelo ente federal, mas 65% volta ao município onde ocorreu a extração. Além disso, 23% da CFEM é destinada aos estados. A verba pode ser usada para financiar obras de infraestrutura.

Só em 2020, as atividades mineradoras em Corumbá já geraram R$ 8 milhões em CFEM aos cofres federais. Em 2019 foram R$ 14,6 milhões. Os números são da ANM (Agência Nacional de Mineração).

Fonte: Mídiamax

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