Brasil
Whatsapp entrará em pagamentos no Brasil em 2021; veja como vai funcionar
O WhatsApp reconheceu estar em conversa com o Banco Central para se tornar um “iniciador de pagamentos”. Em outras palavras, isso significaria que o aplicativo de mensagens poderia passar a enviar e receber dinheiro.
” O WhatsApp está conversando regularmente com o Banco Central para ter a aprovação como iniciador de pagamentos para transferências entre pessoas. Também tem trabalhado para restaurar os pagamentos no WhatsApp para todos no Brasil o mais rápido possível”, disse a companhia em comunicado ao G1 na última segunda-feira (15).
O modelo “iniciador de pagamentos” ainda é novo e foi anunciado pelo Banco Central em outubro de 2020. Já a possibilidade de enviar e receber dinheiro pelo WhatsApp vinha sendo alternativa da empresa desde junho de 2020. O Brasil seria um dos primeiros países a receber a nova funcionalidade.
Por outro lado, o WhatsApp encontrou certa resistência em iniciar a liberação de envio e recebimento de dinheiro. Isso porque, dias após o anúncio Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) restringiram esta utilidade do aplicativo de mensagens.
Entre a alegação para tal postura estava a necessidade de analisar riscos concorrenciais e certificar que haveria um funcionamento adequado do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
“O BC está acompanhando a iniciativa do WhatsApp e avalia que há grande potencial para sua integração ao Pix. Entretanto, o BC considera prematura qualquer iniciativa que possa gerar fragmentação de mercado e concentração em agentes específicos”, disse à época o órgão federal, por nota.
Na onda do Pix e do Open Banking, o iniciador de pagamento seria mais uma funcionalidade do mercado financeiro. Na prática este novo sistema funcionária como intermediário entre os bancos e os consumidores.
Uma empresa que oferece o serviço de “iniciador de pagamento”, poderia indicar para a instituição financeira a qual o cliente tem conta, que o “consumidor x” deseja fazer determinado pagamento para “lojista”. Essa prática poderia eliminar intermediários como o cartão de crédito.
O cliente não precisaria entrar no seu banco e realizar uma transferência, por exemplo, já que o “iniciador de pagamento” assumiria esta função.
Em 2020, o Banco Central chegou a dizer que a medida permitiria a ampliação da abrangência do open banking. Outro fato é que o banco alegou que empresas que prestassem serviço apenas nesta modalidade, poderiam ter um processo de autorização de funcionamento mais rápido.
Fonte:Tocantins Alerta