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A abstinência é para o dependente um clamor pela droga,tal como é para nós a sede pedindo por água em nosso corpo”.Cabo Goes Antidrogas

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Eu morreria por isso! Afinal de contas, além da minha consciência, quando ingressei na
Polícia Militar do MS, jurei Servir e Proteger as pessoas mesmo com o risco da minha própria
vida!
O dia mais triste em minha trajetória foi quando descobri que meu irmão havia se
viciado em drogas! É o pior dia da vida de qualquer Mãe, Pai, irmão, Filho, Filha, enfim. A
alegria morre dentro da gente e nasce um monstro terrível: a ansiedade! A gente nunca sabe
quando chegará alguém dizendo que nosso familiar foi preso ou assassinado, porque o mundo
das drogas é, eminentemente, o mundo da Extrema Violência.
Piora a cada segundo quando somos aviltados pelo dependente químico familiar. A
cada dia provamos dos efeitos nocivos da droga em seu organismo e mente, pois eles furtam
tudo dentro de casa, ofendem a sua família de todas as maneiras: física, psicológica, moral ou
patrimonial.
Aquele filho amado, que anos mais cedo era amamentado no seio de sua mãe, agora é
um ser, irreconhecível, capaz de matá-la por mais uma pedra de crack, ou um tiro na cocaína.
Arrependimento, frustrações, remorso são sentimentos que fazem machucar ainda
mais o dependente químico uma vez que, sozinho, ele não tem a menor chance contra o vício,
o qual da à droga maior importância em seu organismo que a própria água. Então a
abstinência é para o dependente um clamor pela droga, tal como é para nós a sede pedindo
por água em nosso corpo.
Furtos, roubos, assassinatos, latrocínio, violência doméstica nem se fala, onde tem a
presença da droga, a violência e a dor serão as marcas registradas daquele lugar!
Campo Grande tem 124 anos, situada no Mato Grosso do Sul, estado que faz fronteira
com os dois maiores produtores de drogas do planeta: Bolívia e Paraguai. Essa posição é
favorável ao Crime Organizado, e tem feito da nossa cidade o maior entreposto de droga do
País. Com milhões de toneladas seguindo diariamente para SP, PR, MG, GO e MT mostrou-se
insuficiente o Poder Público combater esse câncer apenas com ações de Polícia.
A pergunta é: quais novas estratégias devemos implementar para aliar às ações
policiais? Tratando-se de um cenário complexo, as ações-respostas não devem ser estanques.
Precisa ser igualmente complexa e abranger vários seguimentos sociais.
ASSIM, OS DOIS EXÉRCITOS ALIADOS NESSA GUERRA ÀS DROGAS DEVEM SER

  • PREVENÇÃO E DESINTOXICAÇÃO.
    O Seguimento da Prevenção, através da Educação, deve ser o maior baluarte do Estado
    nessa guerra!
    A lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, dispõe sobre o Estatuto da Criança e do
    Adolescente (ECA) e traz em seu art. 1º a proteção integral à criança e ao adolescente. No Art.
    3º está disposto que a criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais
    inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
    assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim
    de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de
    liberdade e de dignidade.
    Nesse diapasão a própria Constituição Federal assegura em seu artigo 226 que a
    Família é a Base da Sociedade e tem especial proteção do Estado.
    Porém, nos últimos censos do IBGE, Campo Grande dispara em 2º lugar, dentre as
    5.565 que mais divorcia no País inteiro. Essa ruptura na Base da Sociedade trouxe seus
    gravosos reflexos, uma vez que, sem referência familiar, nossas crianças e jovens estão nas
    mãos dos traficantes.
    Isso foi o que mostrou a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSe), realizada pelo
    IBGE, na qual Campo Grande se posiciona em primeiro lugar, dentre as capitais do País, onde
    mais cedo crianças e jovens tem acessado às drogas!
    Um efeito dominó desastroso está acontecendo em Campo Grande!
    Isso porque, segundo a própria população e as notícias que vemos diariamente, temos,
    atualmente, um aumento assustador no número de ocorrência de furtos e homicídios.
    Usuários de drogas já são vistos pendurados pelos fios, furtando à luz do dia, sem
    qualquer preocupação com a Polícia. Trazem prejuízos milionários ao comércio, o qual perde
    muito dinheiro com a interrupção da internet, além de ser os maiores responsáveis pelas
    recorrentes multas infringidas pela ANATEL às telefonias, em razão de estas não conseguirem
    restabelecer, em 3 ou 4 horas, o serviço ao cliente, haja vista o aumento considerável de furtos
    simultâneos em Campo Grande-MS. Um fenômeno altamente destrutivo do ponto de vista
    empresarial.
    A doença está catalogada: CID 10: F-19. A Lei 10.2016/01, conhecida como “Lei
    Antimanicomial” traz como exceção a internação, porém a admite, no artigo 6º, em casos
    extremos onde o ser humano perde a sua “autodeterminação” e passa a ser um risco para sua
    própria vida e saúde, e também para a Sociedade.
    É favorável à construção de Clínicas Públicas Ambulatorial de Internação Involuntária e
    Compulsória, o Dr. Gustavo Bigaton Lovadini, o qual é médico psiquiatra, com formação em
    psiquiatria pelo programa de residência médica da Faculdade de Medicina de Botucatu –
    Unesp e Titulação pela SBP/AMB. Além disso, também é médico contratado no Departamento
    de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria do HCFMB-Unesp e desde 2014 atua no cuidado de
    pacientes com dependência química pelo Serviço de Atenção e Referência em Álcool e Drogas
    do HCFMB e, em sua opinião, “é utópico esperar que o paciente, sozinho, promova as
    mudanças necessárias em sua rotina para que se mantenha longe das drogas. Após a
    internação involuntária ou compulsória são necessárias políticas públicas que invistam pesado
    no processo de ressocialização. Isso inclui criar condições de reconexão de laços familiares,
    oportunidades de educação e profissionalização, facilitação de empregos e da manutenção de
    uma subsistência digna. Tudo isso enquanto, simultaneamente, mantém-se os tratamentos
    médicos e psicológicos que já são ofertados, cuja estrutura hospitalar e ambulatorial já existe,
    e que conta com equipes capacitadas. Para mantermos também uma perspectiva realista no
    que tange às possibilidades de tratamento, é necessário aceitar que muitos dos pacientes que
    vivem o vício já atingiram um nível tão grave e crônico de degradação de suas condições
    biopsicossociais que precisarão de uma abordagem voltada para redução de danos, seja com
    foco no próprio individuo ou na sociedade. São quadros refratários aos tratamentos
    atualmente disponíveis; é como se neles a doença se comportasse como um câncer avançado
    e com múltiplas metástases, restando muitas vezes o tratamento paliativo. Aqui, podemos
    enquadrar as medidas já adotadas em outros países. Entre elas estão os centros preparados
    para dispensação e uso in loco de substâncias controladas, sendo que tais substâncias não
    necessariamente seriam as drogas como são consumidas nas ruas; é possível substituir seu uso
    por fármacos. Pode-se recorrer, por exemplo, aos benzodiazepínicos no lugar do álcool, à
    metadona, ao invés de heroína, aos anfetamínicos para atender os usuários de cocaína/crack.
    Ao mesmo tempo, esses indivíduos necessitariam de um local para residir. Esse lugar poderia
    ser construído na forma de “comunidades terapêuticas de longa permanência”, as quais
    contariam com equipes multiprofissionais e a possibilidade de dispensação de substâncias
    controladas para uso. Não haveria estrutura hospitalar, ou seja, na prática a autonomia de
    rotina dos que ali residissem estaria preservada, e a ela se somariam oportunidades de
    trabalho e geração de renda, com o intuito de alcançar a reconstrução da dignidade. Em
    paralelo, seriam constantemente empreendidas ações de combate ao tráfico, e também para
    impedir a concentração de usuários em pontos específicos da cidade. A adoção desse modelo
    pode soar, para alguns, excessivamente determinista e até mesmo paternalista. Contudo, não
    podemos nos distanciar do entendimento de que o consumo de drogas e a permanência nas
    ruas são a manifestação de uma doença mental e não uma escolha consciente; de que esta
    doença é passível de controle, não de cura; e que, mesmo quando controlada, acarreta muitas
    sequelas e vulnerabilidades nesses indivíduos, mantendo-os sempre no fio da navalha na
    decisão quanto a usar ou não. Projetarmos a responsabilidade pelo sucesso do tratamento
    exclusivamente sobre esses pacientes é manter os usuário de drogas nas campanhas políticas
    para as próximas gerações”.
    Essa é a Frente Aliada da Desintoxicação, através da internação, desintoxicação,
    profissionalização e acompanhamento permanente do Paciente Dependente Químico.
    É notário que Campo Grande- MS se tornou uma Cracolândia a céu aberto. Seja pela
    alta demanda de consumo, ou pela rota do tráfico, a violência tem atraídos diversas facções
    para nosso Estado, a saber, três.
    E a guerra travada entre seus integrantes tem deixado um rastro de sangue em nossa
    Campo Grande. Recentemente os adolescentes Silas e Aysla foram cruelmente assassinados
    quando tomavam um tereré em frente às usas residências, no Jardim Hortência. Para sempre
    serão lembrados como o marco do avanço do Crime Organizado em nossa cidade.
    Falamos acima sobre inserirmos dois novos estratégicos aliados às ações de polícia
    contra o avanço das drogas em Campo Grande.
    Devemos inaugurar em nossa Cidade o Programa “RUA ZERO”.
    Neste as crianças e jovens passarão a se ocupar em tempo integral. Seja aprendendo
    um esporte olímpico, ou qualificando sua mão-de-obra no Programa “EMPREGO CERTO”.
    No primeiro, a criança e o jovem são preparados e recebem incentivos no Programa
    “REVELANDO TALENTOS OLÍMPICOS”.
    No segundo, o jovem que se formou mecânico, eletricista, encanador, marceneiro na
    Educação Básica, agora tem emprego garantido no próprio estado, através de convênio entre
    os Entes Federativos (União, Estado, Municípios). Serão eles a consertar a frota de veículos
    oficiais, a manutenir os prédios públicos. Isto pode ser feito por período certo e determinado,
    3 anos, a fim de garantir a rotatividade no Estágio Profissional.
    O jovem precisa olhar pra frente e ter Esperança. Ele precisa ver Dignidade e
    Oportunidade em seu futuro!
    Essa é a Frente Aliada da Prevenção através da Educação Técnico-Olímpica de Tempo
    Integral.
    Cabo Goes Antidrogas
    Policial Militar no MS há 10 anos
    Ativista ANTIDROGAS da Capital
    Bacharel em Direito
    Especialista em Direito Penal e Processual Penal.
    Condecorado com a Medalha Coronel PM Adib Massad
    Contato: 67 99165-5790
    E-mail: adv.dr.goes@gmail.com
    Atualmente o Cabo Goes é pré-candidato à Vereador de Campo Grande-MS!
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