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Putin adverte que Rússia está pronta para guerra nuclear e alarma EUA sobre intervenção na Ucrânia

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O presidente russo, Vladimir Putin, enviou um alerta contundente ao Ocidente nesta quarta-feira (13), declarando que a Rússia está tecnicamente preparada para uma guerra nuclear e advertindo que qualquer movimento dos Estados Unidos para enviar tropas à Ucrânia seria considerado uma escalada significativa do conflito.

Em uma entrevista à televisão Rossiya-1 e à agência de notícias RIA, Putin destacou que, embora o cenário de guerra nuclear não esteja “apressado”, a Rússia está pronta do ponto de vista técnico-militar para tal eventualidade. O presidente, que está às vésperas das eleições marcadas para 15 e 17 de março na Rússia, reiterou que não vê necessidade do uso de armas nucleares na Ucrânia.

Putin ressaltou que os EUA devem compreender que qualquer envio de tropas americanas para o território russo ou para a Ucrânia seria tratado como interferência por parte da Rússia. Ele destacou a importância dos especialistas nas relações russo-americanas e na estratégia de segurança, enfatizando que a Rússia está pronta para agir diante de tal provocação.

Além do alerta nuclear, Putin propôs conversações sobre a situação na Ucrânia como parte de uma nova abordagem para a segurança europeia pós-Guerra Fria. No entanto, os Estados Unidos argumentam que Putin não está realmente preparado para negociações sérias sobre o assunto.

A escalada de tensões na Ucrânia desencadeou a crise mais profunda nas relações da Rússia com o Ocidente desde a crise dos mísseis cubanos de 1962. Putin tem alertado repetidamente que o envio de tropas ocidentais para combater na Ucrânia poderia resultar em uma guerra nuclear.

Em meio a isso, surgem preocupações sobre o potencial uso de armas nucleares, com Putin reiterando que o uso delas está contemplado na doutrina nuclear russa apenas em resposta a ataques nucleares ou outras ameaças massivas à Rússia.

Enquanto Putin expressa disposição para negociações, ele destaca a necessidade de que estas sejam baseadas na realidade, não em desejos fantasiosos. Ainda assim, a proposta de um cessar-fogo na Ucrânia feita por Putin foi rejeitada pelos EUA, aumentando a incerteza sobre o futuro do conflito.

Diante disso, o diretor da Agência Central de Inteligência dos EUA, William Burns, alertou que sem apoio adequado à Ucrânia, o país poderia perder mais território para a Rússia, o que poderia encorajar outras potências, como a China, a agirem de maneira semelhante. No entanto, Putin enfatizou que a confiança é escassa e que a Rússia precisaria de garantias de segurança por escrito para qualquer acordo futuro. 

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