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Corte dos EUA a recursos para combate ao HIV põe vida de 30 milhões em risco, diz OMS
Com a recente decisão de Donald Trump de interromper o financiamento do governo norte-americano ao Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da aids (PEPFAR, na sigla em inglês), a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta uma iminente “ameaça global” e estima que mais de 30 milhões de pessoas com HIV fiquem em situação de risco de vida ao redor do mundo.Em nota publicada na terça-feira (28), a agência da ONU aponta que o corte de recursos anunciado pelo presidente norte-americano pode resultar em “retrocessos significativos” à saúde pública.
“Essas medidas, se prolongadas, podem levar ao aumento de novas infecções e mortes, revertendo décadas de progresso e possivelmente levando o mundo de volta aos anos 1980 e 1990, quando milhões morriam de HIV a cada ano, incluindo muitos nos Estados Unidos”, diz trecho do comunicado.Conforme o g1, o corte resultou na suspensão de serviços de tratamento ao HIV em ONGs da África do Sul e os serviços de saúde na Nigéria devem ser afetados pela perda de US$ 390 milhões anuais (aproximadamente R$ 1,9 bilhão) em recursos recebidos dos EUA. Trump solicitou que países beneficiados não distribuam mais medicamentos comprados com auxílio do PEPFAR, incluindo os itens já estocados em centros de tratamento.
“Pedimos ao governo dos Estados Unidos que conceda isenções adicionais para garantir a entrega de tratamento e cuidados essenciais para o HIV”, ressaltou a OMS.Situação no Brasil
A medida também pode afetar o Brasil, que recebe financiamento do programa para viabilizar o acesso facilitado a autotestes em diversas capitais do país e a compra de medicamentos de profilaxia pré-exposição (PrEP), além de colaborar com projetos como os da Fiocruz para ampliar a conscientização e prevenção à contaminação.
O Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre o assunto.
zero hora/sol/Márcia Rodrigues