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PM do DF diz ao Supremo que não identificou líderes e que atos no QG do Exército são de iniciativa popular
Em ofício enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Militar do DF informou que os atos realizados na frente do Quartel-General do Exército por manifestantes que contestam o resultado da eleição são “atos de iniciativa popular”. A resposta da corporação ocorreu após decisão do magistrado que manda identificar eventuais organizadores e patrocinadores.
A PMDF afirma também que não foram identificadas irregularidades por parte dos motoristas de caminhões e de outros veículos que estão estacionados no Setor Militar Urbano. Moraes determinou que a Polícia Militar identificasse os proprietários dos veículos e enviasse a lista à Corte, além de aplicar multa de R$ 100 mil por hora.
“Desde a chegada de tais veículos ao SMU não foram identificadas, nem por parte do Exército Brasileiro nem por parte da PMDF, quaisquer irregularidades ou condutas ilícitas praticadas por seus proprietários”, informou a corporação no ofício.
Em um primeiro momento, a PMDF informou que não seria possível identificar os veículos, por se tratar de área militar, sob responsabilidade do Comando Militar do Planalto. A instituição também informou que o Exército e o Governo do Distrito Federal definiram áreas autorizadas, onde os caminhões poderiam ficar estacionados. No entanto, depois, a corporação enviou ao ministro uma lista de placas e dos proprietários dos caminhões, que envolvem pessoas físicas e diversas empresas.
Em outro trecho, o comandante-geral da PM do DF, Fábio Augusto Vieira, afirma que não foi possível identificar organizadores dos eventos que ocorrem na região. “O movimento em curso desde o dia 1º de novembro não permite atribuir, categoricamente, o status de liderança a nenhum cidadão, por não haver entidades estruturadas na mobilização dos atos. No carro de som presente no local diariamente, qualquer pessoa pode apresentar-se e fazer uso da palavra. Em razão disso, os eventos estão sendo classificados como atos de iniciativa popular ou sociedade civil organizada”, completa o documento.