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“Taiwan nunca poderá separar-se”. Pequim acusa EUA de obsessão para “conter a China”
“Onde está a credibilidade como grande potência?” – a pergunta foi enunciada esta quinta-feira pelo ministro chinês dos Negócios Estrangeiros e teve como destinatária a Administração norte-americana. À margem da sessão anual da Assembleia Popular Nacional, Wang Yi reconheceu que houve uma melhoria das relações bilaterais entre China e Estados Unidos. Mas insuficiente. E voltou a deixar claro que, para Pequim, Taiwan é território chinês.
“Se os Estados Unidos afirmam sempre uma coisa e fazem outra, onde está a sua credibilidade como grande potência? Se os Estados Unidos ficam nervosos e ansiosos quando ouvem a palavra China, onde está a sua confiança como grande potência?”, questionou-se o ministro chinês.
“Se os EUA estão obcecados em conter a China, acabarão por prejudicar-se a si próprios”, acentuou.Os presidentes norte-americano, Joe Biden, e chinês, Xi Jinping, reuniram-se em novembro passado.
Sem apontar diretamente o dedo à Administração Biden, Wang Yi voltou a deixar no ar a ideia de que a destabilização de Taiwan e da situação no Mar da China Meridional são objetivos dos Estados Unidos.
Para o regime chinês, Taiwan é parte do país. Pequim reclama também soberania sobre quase todo o Mar da China Meridional, o que coloca o colosso asiático em permanente rota de colisão com as Filipinas, o Vietname e outros países vizinhos.
Na passada terça-feira, as autoridades filipinas e chinesas trocaram acusações sobre um novo incidente entre navios das respetivas guardas costeiras.
Segundo Wang, os países que insistem em manter relações com Taiwan estão a cometer ingerência em assuntos chineses. Ainda assim, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros quis afiançar que Pequim continuará a procurar a reunião pacífica de Taiwan.
“O nosso objetivo é muito claro. Taiwan nunca poderá separar-se da sua pátria”, contrapôs.
O governante deixou também críticas às sanções aplicadas a empresas chinesas. Isto depois de, recentemente, Estados Unidos e União Europeia terem expandido os respetivos pacotes sancionatórios contra entidades empresariais e indivíduos da China por causa do alegado apoio militar à Rússia.