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Ataques de Israel em Gaza deixam mortos em meio a nova negociação de cessar-fogo

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Um ataque de Israel matou 12 pessoas em uma casa na Cidade de Gaza no início deste sábado (4), elevando o número de mortos em Gaza para 65 no último dia, disseram médicos palestinos, enquanto mediadores no Catar iniciam um novo esforço de cessar-fogo.Moradores e médicos afirmaram que pelo menos 14 pessoas estavam na residência da família Al-Ghoula quando o ataque ocorreu, destruindo o prédio.

Escombros foram vasculhados em busca de sobreviventes, e médicos relataram que várias crianças estão entre os mortos.

“Por volta das 2 da manhã fomos acordados pelo som de uma grande explosão”, pontuou Ahmed Ayyan, vizinho da família Al-Ghoula, acrescentando que 14 ou 15 pessoas estavam na casa.A maioria delas são mulheres e crianças, são todos civis, não há ninguém lá que tenha atirado mísseis ou seja da resistência”, assegurou Ayyan à Reuters.

Não houve comentários imediatos do Exército israelense sobre o caso.

Os militares de Israel ressaltaram em um comunicado neste sábado que suas forças continuam as operações nesta semana na cidade de Beit Hanoun, no extremo norte do território palestino, onde opera há três meses, e destruíram um complexo militar que estaria sendo usado pelo Hamas.

Em Jabalia, no norte, um ataque aéreo israelense matou três palestinos, segundo médicos. Mais cedo, outro ataque aéreo matou três pessoas em um carro a leste da cidade central de Deir Al-Balah, ainda de acordo com profissionais de saúde.As mortes deste sábado elevaram o número de vítimas fatais para 65 desde sexta-feira, pontuaram as autoridades de saúde.

Novas tentativas de acordo de cessar-fogo

A intensificação das operações israelenses e aumento no número de palestinos mortos nos últimos dias ocorrem em meio a um novo esforço para chegar a um cessar-fogo e libertação de reféns do Hamas antes que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tome posse, em 20 de janeiro.Mediadores israelenses foram enviados para retomar as negociações em Doha, intermediadas por mediadores do Catar e do Egito. O governo dos EUA, que também está ajudando a intermediar as negociações, pediu ao Hamas na sexta-feira que aceite um acordo.em chegar a um acordo, mas não está claro o quão próximos de um entendimento os dois lados do conflito estão.

Mais tarde neste sábado, o grupo radical divulgou um vídeo que mostraria uma refém israelense, identificada pela mídia do país como sendo uma soldado.A mulher pede a Israel que faça mais para garantir a libertação dos detidos, ressaltando que sua vida e a de outros prisioneiros estão em perigo por causa da ação militar israelense em Gaza.

Não houve comentários imediatos dos militares de Israel, que chamaram vídeos como este no passado de “guerra psicológica” do Hamas.Entenda o conflito na Faixa de Gaza

Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde o ano passado, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo radical mantém dezenas de reféns.

O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.

Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.

A população israelense faz protestos constantes contra Netanyahu, acusando o premiê de falhar em fazer um acordo de cessar-fogo para os reféns sejam libertados. 

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