Campo Grande
Com risco de ‘segunda onda’, HRMS reduz em 55% leitos de UTI destinados para coronavírus
Com isso, taxa de ocupação foi de 47% para 90,7% em um mês, colocando sistema de saúde em alerta
Em um mês, Campo Grande perdeu 122 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Conforme dados do painel ‘Mais Saúde’, a cidade tinha 147 unidades graves de internação em 19 de novembro, enquanto que o total era de 269 no mesmo dia do mês passado.
MS passou o mês de outubro com número de novos casos diários abaixo de 400. Os boletins dos últimos dias apontam para mais de 500 novas confirmações diárias e uma segunda onda da doença está mais próxima. Assim, o infectologista Julio Croda, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), disse ao Jornal Midiamax que ainda não é possível afirmar se MS já está passando por uma segunda onda, mas “com o tempo vai dar para saber se é mesmo o início de uma segunda onda”.
O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) foi o que mais perdeu. Hoje, a unidade que é referência do SUS para o tratamento da doença conta com 54 leitos UTI para Covid-19, 68 a menos que há um mês. O número representa uma redução de 55%.
Assim, conforme o boletim mais recente divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), a taxa de ocupação dos leitos UTI para tratamento de Covid-19 no hospital subiu de 47% para 90,7% em um mês. O aumento não significa maior número de pacientes internados em estado grave com a doença, mas sim uma redução significativa nos leitos disponíveis. Dos 54 à disposição do SUS, 54 estavam ocupados. Já em 19 de outubro, conforme os dados da SES, eram 58 pacientes em UTIs, porém havia 122 leitos disponíveis.
Outras unidades
O Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), por exemplo, tinha 10 leitos UTI disponíveis em 19 de outubro e atualmente não recebe mais pacientes para tratamento de Covid-19.
O Hospital da Cassems também reduziu significativamente o número de leitos UTI em um mês, passando de 42 para 10. Apesar da redução de 76%, o número de internados caiu de 9 para 8 no período. Portanto, a taxa de ocupação que estava em 21,4% subiu para 80%, mesmo com número menor de doentes.
Com exceção da Clínica Campo Grande e do Proncor, todas as demais unidades tiveram redução. O Hospital da Unimed diminuiu de 30 para 28 leitos e o Adventista perdeu 6 leitos.
Fonte: Mídiamax