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É medo? Após ‘morder’ milhões de governo, chefe de gabinete de Siqueira omite dados da Receita
Ele e o vereador vivem de pregar ‘transparência’ em todas as suas ações
O hoje chefe de gabinete do vereador Vinícius Siqueira (PSL), Flávio Augusto Teixeira de Barros, já foi sócio de uma empresa de marketing, que faturou milhões do Governo do Estado, em 2013. O problema é que a Quorum Propaganda LTDA está com a situação cadastral inapta na Receita Federal em razão de omissão de declarações.
O contrato entre a Quorum e o governo foi celebrado em fevereiro de 2013, o que pode ser confirmado no Diário Oficial do Estado 8466 e no Portal da Transparência e assinado por Flávio Augusto. O objeto do pacto era a ‘’prestação de serviços publicitários’’.
Em Julho do mesmo ano veio o primeiro aditivo, depois o segundo em setembro e em novembro o terceiro. Em 2014, houve mais dois aditivos, sendo em fevereiro e em maio. Em 2013, a empresa de Flávio faturou R$ 1.273.315,39 e em 2014 mais R$ 1.238.087,93.
No entanto, anos depois e já em meio ao mandato de Vinícius Siqueira, a Quorum ficou com a situação cadastral ‘’inapta’’, em razão do que a Receita Federal chamou de ‘’Omissão de Declarações’’.
A situação da empresa pode ser até uma questão privada dos sócios, porém vai na contramão do que prega Vinícius Siqueira e o gabinete dele, de sempre dar transparência aos atos.
Hoje, Flávio se apresenta como diretor da Qualibet Propaganda e Marketing. No site da empresa, a diretoria diz que um de seus pilares é a transparência nas ações para levar segurança ao cliente.
Dor de cabeça
No início do mandato, Vinícius Siqueira sofreu inúmeros questionamentos, inclusive de seus eleitores, após a revelação que um de seus maiores doadores de campanha, o empresário Michel Marsala Júnior, era um dos investigados na Operação Mídas. Naquela ocasião, a um grupo criminoso foi atribuído o recebimento de propina na ordem de R$ 10 milhões.
Marsala bancou 44,99% da campanha de Vinícius, depositando R$ 21,8 mil, de um total de R$ 48,45 mil recebidos pelo então candidato a vereador.
O empresário também foi líder do Grupo Chega de Impostos, famoso na Capital por comandar as manifestações contra o PT e pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).
Além disso, ele foi cotado a ser candidato a prefeito em 2016, pelo Democratas, a época a mesma legenda de Vinícius. O plano não deu certo e a sigla optou por apoiar Marquinhos Trad (PSD).
Fonte: Topmídias
Por Thiago de Souza