Geral GritoMS
MPMS alerta para escassez de UTIs e profissionais de saúde se orientações não forem cumpridas
Procurador destacou estudo da UFMS e aumento da média móvel de casos
O MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) emitiu uma carta à população do Estado sobre as medidas de segurança. O documento é um alerta para falta de recursos humanos e anestésicos para intubação de doentes em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), caso não haja contribuição às medidas de biossegurança.
O Procurador-Geral Alexandre Magno Benites de Lacerda destacou uma pesquisa realizada pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), publicada na terça-feira (24), em que foi constatado um aumento da média móvel em 46,40% na expansão da Covid-19 na Capital. O monitoramento ainda apontou que a cidade passava por período de estabilização da pandemia.
“[O aumento da média móvel] deve ser visto com muita preocupação, pois indica um possível início de um novo cenário de crescimento da doença”, afirmou o procurador.
A carta ainda lembra que a SES (Secretaria de Estado de Saúde) emitiu um alerta sanitário à população campo-grandense na última sexta-feira (20). O alerta cita a semana epidemiológica 47, iniciada no dia 15, como tendo um aumento expressivo nos casos de Covid-19 e nas internações.
Sobre a estrutura dos hospitais do Estado para receberem pacientes com coronavírus, Lacerda destacou que “embora o Estado tenha conseguido manter número de leitos suficiente para atendimento da população, há escassez de recursos humanos e anestésicos para intubação dos doentes em UTI, fato que pode gerar a morte de pessoas”, completou.
Sem citar o toque de recolher na Capital, que inicia nesta sexta-feira (27), o procurador garantiu que o MPMS continuará adotando as medidas judiciais para garantir o acesso à atendimento adequado das pessoas, mas é essencial que haja adesão às medidas de biossegurança indicadas pelas autoridades.
O documento cita o distanciamento social e o uso de máscaras como medidas definitivas para que o sistema de saúde não entre em colapso, e não haja prejuízo ao atendimento digno dos enfermos.
Fonte: mídiamax