Conecte-se conosco
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Campo Grande

Para não subir passe de ônibus a R$ 6,16, Consórcio Guaicurus quer R$ 4 milhões

Publicado

em

O Consórcio Guaicurus alega que, para não haver aumento no preço da passagem de ônibus, que pode chegar a R$ 6,16 – valor apontado pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) como a atual tarifa técnica –, as empresas pedem um subsídio de R$ 4 milhões por mês.

De acordo com o diretor-executivo do conglomerado de empresas que atuam no transporte coletivo e urbano de Campo Grande, Robson Luis Strengari, esse valor seria referente a todas as gratuidades concedidas no transporte coletivo da cidade.

“Ou sobe a tarifa, o que não é bom para ninguém, nem para o usuário nem para nós, das empresas. Ou tem de fazer o que a maioria das grandes cidades está fazendo, que é subsidiar o transporte público. O jeito que até hoje o transporte foi tocado, com o passageiro subsidiando as gratuidades, tem de mudar”, declarou Strengari ao Correio do Estado.

Números repassados pelo Consórcio Guaicurus apontam que, no mês de maio, o número de passes gratuitos concedidos no transporte público foi de 822.223, ou seja, considerando a tarifa técnica anterior, de R$ 5,15, isso significaria um custo de R$ 4.234.448,45.

Desse valor, ainda segundo o grupo, foram repassados, no mês passado, R$ 881.867,36 pela Prefeitura de Campo Grande. O valor é referente às gratuidades municipais, que abrangem os estudantes da Rede Municipal de Ensino (Reme) e pessoas com deficiência.

O que a concessionária deseja é que esses R$ 3.352.581,06, que seriam o valor faltante, fossem repassados às empresas como forma de subsídio, além do que hoje já é pago mensalmente pela administração municipal.

O grupo ainda alega que, com esse valor, fecharia o seu deficit. Segundo Strengari, as empresas receberiam cerca de R$ 13 milhões por mês com as passagens das pessoas pagantes, no entanto, elas afirmam ter um gasto de aproximadamente R$ 17 milhões, diferença de R$ 4 milhões.

Foi solicitado o detalhamento dos gastos que totalizariam este valor, entretanto, a empresa não informou até o fechamento desta edição.

ESTUDANTES

Os estudantes compõem o maior grupo entre as gratuidades. Ao todo, em maio, foram 454.513 passagens com o passe do estudante, contra 104.776 dos deficientes físicos e 262.934 dos idosos.

No montante de alunos, 66.460 representam estudantes de escolas da Reme, enquanto 190.500 são da Rede Estadual de Ensino (REE), além de 133.949 de instituições particulares (entre escolas e universidades) e de 63.604 de alunos de instituições federais (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Instituto Federal de Mato Grosso do Sul e Colégio Militar).

Desses, apenas a parcela referente aos alunos da Reme tem o valor subsidiado. No mês passado, a prefeitura repassou R$ 342.270,99 por essas gratuidades, além de R$ 539.596,40 pelos passes utilizados por deficientes físicos.

Essa diferença, conforme alega o Consórcio Guaicurus, é o que tem travado o avanço do transporte coletivo na Capital. 

“Chegou o dia em que temos de rever o transporte coletivo, não tem como fazer investimento porque não temos condições de fazê-lo. Tem de se pensar tecnicamente e seriamente o problema do transporte, precisa resolver definitivamente, e não resolver hoje e depois de seis meses ter de sentar de novo para discutir”, afirmou o diretor-executivo.

NOVO REAJUSTE

O novo valor da tarifa técnica apontada pela Agereg nesta semana, de R$ 6,16, se ela for colocada em prática, como defende o Consórcio Guaicurus, representa um aumento de 40% em relação ao valor cobrado hoje no transporte coletivo, de R$ 4,40.

Esse aumento representaria uma alta de 40% no valor do passe e seria o maior crescimento da passagem em todo o histórico de tarifas cobradas pelas empresas. 

Até então, o maior aumento havia sido em 2012, mesmo ano da concessão, porém, o reajuste ocorreu em março, já a assinatura do contrato, em outubro. Na época, a tarifa passou de R$ 2,50 para R$ 2,85 (alta de 14%).

O crescimento da tarifa técnica se deve, em grande parte, ao aumento do valor do óleo diesel, combustível utilizado na prestação do serviço. De novembro de 2021, quando a tarifa técnica de R$ 5,15 foi calculada, até hoje, o item teve alta de 55,31%.

A situação acerca do subsídio deve ser conversada em uma segunda reunião, que estava marcada para esta sexta-feira (24), entretanto, até o fim da tarde de ontem não havia confirmação de que ela realmente seria realizada.

SAIBA

Em fevereiro deste ano, a Câmara Municipal já havia aprovado concessão de subsídio ao transporte público no valor de R$ 1 milhão por mês, além de isentar o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) deste ano e conceder remissão no do ano passado e no de 2020.

spinner-noticia

-Fonte: Correio do Estado
Continue lendo
Clique para comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Facebook