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Esporte

“A favela venceu.” Ângelo, o menino de R$ 400 milhões, do Santos

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Garoto de 16 anos se tornou o jogador mais jovem a marcar na Libertadores. Grande revelação do Santos já é assediado até pelo pai de Neymar

Um menino precoce. Que vale R$ 400 milhões.

A diretoria do Santos sabe que pode ter sido agraciada por mais um jogador diferenciado, talentoso e que pode render muito dinheiro.

“Não dá para segurar esse menino, não. Ele tem de estar entre os profissionais. Tem muito potencial”, sentenciou Cuca, no ano passado.

E ele não teve o menor receio em promover Ângelo Gabriel, atacante extremamente habilidoso, veloz, corajoso e com sede de gols.

Cuca não só o puxou para os profissionais, como o colocou em campo contra o Corinthians, no Maracanã, no dia 25 de outubro de 2020.

Aos 15 anos, dez meses e quatro dias de vida. Nem Pelé ou Neymar debutaram tão cedo. Ângelo se tornou o segundo atleta mais jovem a atuar pelo Santos. Só perdeu para Coutinho, com 14 anos, 11 meses e seis dias.

Cuca se foi da Vila Belmiro. Chegou o argentino Ariel Holan. E ele também se impressionou pelo talento, pela ousadia do garoto. Ângelo já havia entrado em 15 partidas desde sua estreia. O planejamento era ‘dar experiência’ ao jogador e vitalidade, vibração ao time. Mas ontem o precoce atacante foi além.

O Santos lutava, na Argentina, contra o tradicional San Lorenzo. Era a primeira partida eliminatória. Em jogo, uma vaga para a fase de grupos da Libertadores. O time de Holan vencia o confronto por 2 a 1. Estava sofrendo um sufoco dos argentinos, em busca do empate.

Aos 38 minutos do segundo tempo, ele colocou em campo Ângelo, no lugar da estrela do time, Marinho. Sua missão era ficar atento aos contragolpes, se possível segurar a bola no ataque.

Mas o menino canhoto foi além. Aos 48 minutos, Soteldo puxou o contragolpe e serviu para Madson. O chute de esquerda, cruzado. Obrigou o goleiro Devecchi a rebater. Fulminante, Ângelo entra na área e aproveita o rebote. Bola estufando as redes argentinas. Aos 16 anos, três meses e 16 dias se tornou o jogador mais jovem da história a marcar na Libertadores da América.

“A favela venceu”, virou seu bordão nas redes sociais.

Ele comemora ter saído de Samambaia, uma cidade artificial, extremamente pobre. Criada em 1989 para assentar famílias miseráveis que invadiam áreas públicas de Brasília. Casas de madeira são a maioria na cidade-satélite, formando favelas.

Samabaia. Cidade-satélite para população pobre que invadiu terrenos públicos em Brasília

O menino se destacou jogando pelas vielas da favela. E acabou sendo revelado em Brasília, na escolinha Menino da Vila. Aos nove anos. Seu talento e velocidade eram diferenciados. Tanto que acabou sendo levado para fazer um teste no Santos. Foi aprovado imediatamente. Olheiros do Palmeiras, Grêmio e do Atlético Mineiro tentaram tirá-lo da Vila Belmiro. Sem sucesso. O Santos apostou no garoto. A ponto de oferecer casa para sua família no litoral paulista.

Precoce, sempre atuou contra atletas mais velhos do que ele. Foi vice-campeão paulista sub-11 e no sub-13. Três anos depois, mesmo com 12, disputou o sub-15.

Fez 17 partidas, cinco gols e seis assistências. Só não fez mais porque foi convocado para a Seleção Brasileira. Aos 15 anos, estava no time nacional sub-18. Já teve nove convocações para a Seleção. Oito para o sub-15. E uma para o sub-18.

A advogada Marija Alija se tornou sua empresária. Ela trabalha também com Robinho e Hulk. O pai de Neymar já sonda Ângelo para uma possível parceria. Foi Alija quem intermediou a assinatura do seu primeiro contrato profissional. Ele dura até 2023. Com possibilidade de ser prorrogado até 2025. O valor da multa, R$ 400 milhões.

“Ângelo será um grande jogador. Com mais partidas, ganhará mais confiança. É um atacante diferenciado. Tanto pelo meio como pelos lados do campo.

“Só precisa de mais expêriencia.

“É um garoto muito talentoso”, diz entusiasmado Ariel Holan.

Ângelo já é observado por clubes europeus. Está na lista de atletas promissores no Brasil. A diretoria santista promete. Não vai vendê-lo por menos do que a multa contratual. A Fifa permite a vende atletas com menos de 18 anos. Mas não a transferência. Só pode ir com 18 anos. Ou seja, se a legislação não for mudada, o endividado Santos pode até vender Ângelo. Mas ficará com ele por mais um ano e nove meses. Tempo para desenvolver mais um garoto talentoso que surge na Vila Belmiro. E que já fez história.

“A favela venceu”, garante Ângelo…

Fonte: https://esportes.r7.com/

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