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Brasil

“A vacina é do Brasil, não é de nenhum governador”, diz Bolsonaro

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O presidente se reuniu com o embaixador indiano, mas não teve ainda confirmação da vinda das vacinas

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou nesta segunda-feira (18.jan), com apoiadores, a decisão da Anvisa de autorizar o uso emergencial de dois tipos de  vacinas no país, mas evitou comentar a aplicação da primeira dose de imunizante em solo brasileiro. Segundo Bolsonaro, a vacina é “do Brasil, não é de nenhum governador”. 

“A Anvisa aprovou, não tem o que discutir mais. Agora, havendo a disponibilidade no mercado, a gente vai comprar e vai atrás de contratos que fizemos também, que era para ter chegado a vacina aqui. Então está liberada a aplicação no Brasil. E a vacina é do Brasil, não é de nenhum governador não. É do Brasil”, disse, na saída do Palácio da Alvorada. 

O imunizante foi aplicado na enfermeira Mônica Calazans, neste domingo, minutos depois de a Anvisa anunciar a aprovação para uso emergencial das vacinas CoronaVac e AstraZeneca, em um evento promovido pelo governador de São Paulo, João Dória (PSDB). 

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, criticou o governador de São Paulo por usar o início da vacinação como “jogada de marketing”, e disse que a aplicação da primeira dose aconteceu em desacordo com a lei. 

CoronaVac

O presidente Jair Bolsonaro também menosprezou a eficácia da vacina CoronaVac, e disse que a vacina é destinada “a quem não pegou ainda” a doença. A taxa global, segundo o Instituto Butantan, é de 50,38%, mas a vacina garantiu proteção total contra casos graves e mortes provocadas pela doença. 

“A vacina é para quem não pegou ainda, e essa vacina também é 50% de eficácia. Ou seja, é jogar uma moedinha para cima. É 50% de eficácia. (…) No que depender de mim, não será obrigatória. É uma vacina emergencial. Algo que ninguém sabe ainda se teremos efeitos colaterais ou não”, disse.

Bolsonaro voltou a defender o que chama de tratamento precoce contra a covid-19, que envolve o uso de medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, que não têm eficácia comprovada no combate à doença. Ontem, a própria Anvisa destacou a “ausência de terapias” para o tratamento, durante a reunião que liberou o uso emergencial das vacinas.  “Não desistam do tratamento precoce. Não desistam. (…) Mais uma prova que [o tratamento precoce] dá certo é que há questão de poucos meses nós eramos um dos países que tínhamos mais mortes por milhões de habitantes. Agora, se não me engano, estamos em 25° lugar. Só tem uma explicação”, concluiu na conversa divulgada por um canal bolsonarista no YouTube.

Índia

Também nesta segunda-feira (18.jan), o presidente Jair Bolsonaro anunciou que se reuniu com o embaixador da Índia no Brasil, Suresh K. Reddy. O governo federal tenta garantir a entrega de 2 milhões de doses da vacina da Astrazeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, negociadas com uma fabricante indiana, mas ainda não tem previsão de receber os imunizantes. O governo chegou a anunciar um voo que traria as vacinas do país asiático, mas o governo da Índia vetou a exportação neste momento.

FONTE: SBT NEWS

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