Em apoio a Capitão Contar, índios pedem programa que dê autonomia e não se limite a doar alimentos

Índios de várias etnias manifestaram apoio à candidatura a governador de Capitão Contar (PRTB) nesta quarta-feira (12). Conforme a assessoria, eles pediram programa que dê autonomia e não se limite a distribuição de cestas básicas pela Funai (Fundação Nacional do Índio).

O deputado estadual se comprometeu com uma nova política para os povos indígenas de Mato Grosso do Sul. “Chega da política de ficar só dando o peixe, todo mundo quer pescar. As pessoas querem ter o sustento com as próprias mãos. Tenho certeza de que a grande maioria, não só de indígenas, mas de todos os segmentos, as pessoas querem oportunidade para trabalhar, querem ter dignidade”, afirmou.

Entre as pautas defendidas pelos indígenas estão a abertura de linha crédito, acesso à educação de qualidade, saúde, infraestrutura e a  intermediação de soluções para acabar com os conflitos por demarcações de terras.

Os representantes pediram serviços públicos de qualidade, como apoio para agricultura e pecuária. “Acreditamos que no futuro nós teremos realmente o direito de produzir. Assim como qualquer um de vocês que não são indígenas. O indígena também tem essa capacidade”, disse Edelson Fernandes, presidente da Coopaik, primeira cooperativa agropecuária indígena do MS.

“O governo Bolsonaro abriu a mente da comunidade indígena do Brasil sobre esse assistencialismo. Nós temos certeza de que, com o senhor no governo, Mato Grosso do Sul vai mudar”, afirmou Moisés de Souza Ferreira, uma liderança jovem da região de Miranda.

Capitão Contar ouviu o relato de vários indígenas sobre a situação nas aldeias. Ele defendeu que todos tenham oportunidade igual, destacando que irá trabalhar para promover cursos de capacitação e dar mais atenção à saúde indígena.

Nesta eleição, Magno de Souza (PCO) foi o primeiro índio a disputar o Governo de Mato Grosso do Sul na história. De um partido de extrema esquerda, ele anunciou que não vai apoiar nenhum candidato no segundo turno.

Fonte: O Jacaré